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Perspectivas 2016
O texto abaixo foi publicado como matéria paga pelo Governo de Pernambuco, para análise das Perspectivas da Economica Pernambucana - 2016.
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Não são apenas as praias e o carnaval que atraem os turistas para Pernambuco.
As captações e as realizações de eventos, como feiras, congressos e encontros, justificam a permanência do Recife no ranking das cinco cidades brasileiras que mais capitaneiam o Turismo de Negócios, de acordo com dados do Recife Convention e Visitors Bureau. "Na capital pernambucana, atualmente, aproximadamente 70% dos visitantes integram esse segmento", destaca a diretora executiva do RCVB, Maitê Uhlmann.
Seja por lazer ou por negócio, a estada de um turista movimenta uma cadeia de setores da economia, que inclui gastronomia e hotelaria, por exemplo. De acordo com o Setor de Pesquisa da Empresa de Turismo de Pernambuco Governador Eduardo Campos (Empetur), só em 2015, a atividade turística registrou R$ 6,1 bilhões.
Mais investimentos chegam a Pernambuco
Foi de olho no turismo de negócios que a Sheraton, cadeia de hoteis com mais de 500 equipamentos em 70 países, chegou a Pernambuco com um empreendimento em que o destaque é seu centro de convenções.
Com investimento de R$ 260 milhões, iniciou operação na Reserva do Paiva, no Cabo de Santo Agostinho e a 15 minutos do aeroporto.
"Temos logística aeroportuária eficiente, a cultura é rica e o clima é muito bom", endossa o gerente-geral do hotel, Guido Stutz.
A estrutura do hotel conta com um centro de convenções de 2,5 mil m2 e salões modulados. "Aqui, em faturamento e volume de ocupação, o turismo de negócios corresponde a 65% da nossa operação", revela Stutz, que está à frente do projeto desde sua abertura em junho de 2014.
Presente em Pernambuco dede 1999, a Accor, grupo hoteleiro francês com escritório em São Paulo, também tem um público expressivo no turismo de negócios. Possui oito equipamentos hoteleiros em operação no Recife, Ipojuca e Petrolina.
"Esse segmento está crescendo não apenas na capital, mas em cidades com mais de 100 mil habitantes, o que explica o interesse do grupo, juntamente com investidores, em buscar novas oportunidades de empreendimentos para o Estado", afirma o diretor de Desenvolvimento de Novos Negócios da Accor no Brasil, Eduardo Camargo.
A hora do Turismo Interno
O turismo de negócios em Pernambuco também sofreu impactos da crise econôida e leva empresas do setor a apostarem nos consumidores que optam por viajar pelo Brasil também a lazer.
Recife se beneficia de sua infraestrutura. O aeroporto internacional é um dos mais bem avaliados do Brasil.
Recentemente, a capital comemorou a instalação do centro de conexões da Azul, que ampliou o número de voos diários para 32 e aumentou o número de destinos para 24 cidades.
As ações voltadas para o turismo de negócios e executadas pelo Recife Convention e Visitors Bureau representaram aproximadamente R$ 32 milhões em 2015. Apesar de expressivo, esse segmento começou a ser repensado pelas empresas.
"Desde o ano passado, começamos a sentir essa desaceleração. O turismo, assim como outros setores do Brasil, foi impactado", avalia o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hoteis em Pernambuco, Artur Maroja. Com aproximadamente 65 conveniados, a instituição computou queda de 30% de ocupação nos associados.
Na avaliação dele, a movimentação de visitantes a passeio deve aumentar e compensar a redução dos corporativos. "As empresas estão revendo seus orçamentos, redimensionando eventos e, dessa forma, reduzindo as verbas destinadas a isso. Por outro lado, na minha opinião, os brasileiros não querem abrir mão do hábito de viajar", analisa. Ainda de acordo com ele, a alta do dólar tem sido determinante na escolha por destinos nacionais.
Motivado também por essa demanda de turistas de lazer, a Accor tem planos otimistas para Pernambuco.
Até 2019, planeja o início de operação de três equipamentos hoteleiros. "Nossa visão para esse mercado é cada vez mais ampla. O atual momento da situação econômica, o dólar em alta propiciam dois movimentos importantes. O primeiro é permitir que o brasileiro viaje mais em seu país e o segundo é que estrangeiros também venham", analisa Eduardo Camargo.
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